segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Reportagem sobre o Núcleo Psicanálise e Cinema

Matéria editada na FolhadoEstado, caderno Folha 3 do dia 22 de novembro de 2011.

CINEMA

“Ensina-me a Viver":em debate as relações

Conflituosas

ANDREZA PEREIRA

ESPECIAL PARA O FOLHA 3

O Núcleo de Psicanálise e Cinema da Universidade Federal de Mato Grosso apresenta hoje o último filme de sua programação de 2011: ‘Ensina-me a Viver’. A exibição ocorre às 18h30 no Centro Cultural da universidade e tem entrada franca. Após a apresentação do filme, haverá um debate mediado pela professora de Artes e Filosofia da UFMT Marília Beatriz de Figueiredo Leite. Com o título original de ‘Harold and Maude’, o longa americano de 1971, dirigido por Hal Ashby, acompanha o relacionamento entre uma senhora de 79 anos e um jovem de 20 que personalizam visões opostas sobre a vida e da morte. Haude é um órfão de pai que vem de uma família abastada e tradicional e encara a realidade com melancolia e desesperança. Insiste em simular suicídios, veste-se sempre de preto e frequenta diariamente cemitérios onde observa funerais de estranhos. Numa das cerimônias, ele encontra Maude. Vivendo os seus últimos anos, ela é uma sobrevivente de um campo de concentração que encara a existência com a energia e a alegria que faltam ao rapaz. Haude se reconhece apaixonado e decide pedir a mão dela em casamento.

O filme é considerado pelo Instituto Americano de Cinema uma das 50 melhores comédias já produzidas, sendo muito elogiado pela crítica de então. Ashby apresenta em sua narrativa uma inversão dos comportamentos previamente esperados dos personagens. De uma forma quase anedótica, constrói perfis psicológicos que encerram respostas antagônicas às circunstâncias do meio.

‘Ensina-me a Viver’ é um dos trabalhos que ajudou a construir a ‘Nova Hollywood’, um movimento cinematográfico que durou cerca de 10 anos e do qual também fizeram parte Martin Scorsese, Bob Rafelson e Francis Ford Coppola. Com influência do cinema francês, essas produções eram fortemente marcadas pela criatividade de um cinema autoral feito com baixo orçamento e privilegiando as interpretações de tipos da contracultura dos anos 70.

NÚCLEO

O Núcleo de Psicanálise e Cinema é uma parceria entre os departamentos de Psicologia e Comunicação Social da UFMT e tem o objetivo de discutir a relação entre cinema e subjetividades. As sessões são mensais e ocorrem sempre na última terça-feira do mês.

SERVIÇO

O Núcleo de Psicanálise e Cinema da UFMT apresenta hoje o filme ‘Ensina-me a Viver’. A exibição, seguida de debate, tem início às 18h30 no Centro Cultural da Universidade. A entrada é gratuita.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Última exibição do semestre: Filme Ensina-me a Viver

Dia: 22/11/11
Horário: 18:30hs
Local: Centro Cultural da UFMT
Entrada Franca

Ensina-me a Viver

Diretor: Hal Ashby que dirigiu Amargo Regresso, Muito Além do Jardim.

Atores: Ruth Gordon faz a Maude e Bud Cort constrói o Harold.

Roteiro: de Colin Higgins(Golpe Sujo)

Trilha musical: é assinada por Cat Stevens com destaque.


Sinopse

O filme trata da relação inusitada entre Harold um jovem entediado com a vida que leva e, Maude uma velhinha que enfrenta seus oitenta anos com uma alegria de viver desafiadora. O encontro dos dois lança uma belíssima estória que faz desse filme um clássico do cinema.

Debatedora: Profª Marília Beatriz de Figueiredo Leite

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Próxima exibição: Histórias Mínimas

CANCELADO O FILME!
O Núcleo de Psicanálise e Cinema agradece a presença dos participantes que compareceram ao centro cultural ontem (25/10) para assistir e participar do debate do filme Histórias Mínimas com a profª Dra Ludmila Brandão. Por motivos de força maior infelismente a sessão foi cancelada, assim que tivermos a nova programação avisaremos a todos.

Dia: 25 de outubro (terça-feira)

Horário: 18h30

Local: Centro Cultural da UFMT

Debatedora: Profª Dra Ludmila Brandão


HISTÓRIAS MÍNIMAS

Título original: (Historias Mínimas)

Lançamento: 2002 (Argentina)

Direção: Carlos Sorin

Atores: Javier Lombardo, Antonio Benedicti, Javiera Bravo, Francis Sandoval.

Duração: 94 min

Gênero: Drama


Sinopse

Diferentes histórias de personagens de um mesmo povoado: uma jovem que ganha um prêmio de um programa de TV, um velho que sai em busca de seu cão fugitivo e um homem que pretende o amor de uma mulher que é sua cliente. Cada um deles viaja por sua conta pelas solitárias rotas da Patagônia, onde suas histórias se entrecruzam.


Rumores de uma vida mundializada: Reflexões sobre o filme Histórias Mínimas

Resumo

Histórias Mínimas, do cineasta Carlos Sorín, que tem como cenário a Patagônia argentina, narra três histórias ligeiramente cruzadas entre habitantes da região em deslocamento entre a pequena vila de Fitz Roy e a cidade de San Julián. Este estudo, através do filme escolhido, tem por objetivo analisar, de um lado, o gênero cinematográfico conhecido como road movie e, de outro, o fenômeno da interculturalidade que o gênero parece favorecer. Apesar da atipicidade de Histórias Mínimas para as duas análises – do ponto de vista da escala dos deslocamentos o filme não pode ser considerado um road movie “clássico” e do ponto de vista das situações de interculturalidade ele também não pode ser rapidamente classificado como road movie intercultural −, o filme se revela compatível com o gênero, na medida em que apresenta a mesma matriz composicional e permite, ainda, a análise do fenômeno intercultural em sua forma moderna provocada pelos processos globalizadores e seus fluxos mundiais de imagens, idéias e tecnologias, além dos clássicos fluxos de dinheiro, mercadorias e pessoas.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Proxima exibição: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain


Dia: 27 de setembro (terça-feira)

Horário: 18h30

Local: Centro Cultural da UFMT

Debatedora: Profª Vera Capilé e Juliana Capilé


O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

Título original: (Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain)

Lançamento: 2001 (França)

Direção: Jean-Piere Jeunet

Atores: Audrey Tautau, Mathieu Kassovitz, Rufus, Yolande Moreau.

Duração: 120 min

Gênero: Comédia


Debatedoras:

Profª Drª Vera Capilé e sua filha Juliana Capilé



Sinopse

Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.

Não percam!!!!!!



Por Vera Capilé

O Filme O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, cujo diretor é Jean-Pierre Jeunet:

Amelie (Audrey Tautou) vive em Paris, em seu mundinho particular. Trabalha como garçonete em um pequeno café e mora em um apartamento alugado onde vive suas fantasias. Porém, sua vida sofre uma transformação radical no dia em que descobre, em seu apartamento, uma antiga caixa cheia de objetos infantis. Empolgada, assume a missão de encontrar seu dono e essa jornada irá conduzi-la a um mundo totalmente novo, excitante, cheio de aventuras e esperança.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Paixão pela Palavra

(Clique na imagem para ampliar)

PAIXÃO PELA PALAVRA

Dia: 30 de agosto (terça-feira)
Horário: 18h30
Local: Centro Cultural
Debatedora: Profª Maria Cristina de Aguiar Campos


"Paixão pela Palavra" é um documentário sobre a vida e a obra do poeta Manoel de Barros. No encontro do dia 30/08, serão apresentados dois dos cinco episódios exibidos pelo canal Futura, significativos para quem aprecia a obra barreana e quer saborear algumas das imagens simbólicas que afloram do imaginário deste poeta e se conectam ao Pantanal e à cultura de Mato Grosso.


Por Maria Cristina de Aguiar Campos:

"Paixão pela Palavra" é um dos melhores documentários já produzidos sobre a vida e a obra do poeta Manoel de Barros, exibido pelo canal Futura em cinco episódios. Traz falas do poeta, suas poesias e análises na boca de atores, músicos, estudiosos e apaixonados por sua obra.
No encontro de amanhã do Cinema e Psicanálise, serão exibidos os episódios 3 e 5. O primeiro intitula-se 'O Guardador de Águas' e aborda a volta do poeta ao Pantanal após a conclusão do curso de Direito no Rio de Janeiro, mostrando sua produção poética nas faces autobiográfica e a que fala do espaço pantaneiro com a beleza que lhe é característica.
Manoel de Barros ama os (com)trastes. O episódio 5, 'Do erudito ao popular', aborda este aspecto ambivalente de sua poesia, com depoimentos e análises de estudiosos e críticos de sua obra.
Aguardo vocês lá!


domingo, 26 de junho de 2011

Filme: Janela Indiscreta

Debatedor:


  • Moacir Francisco – professor do curso de Radialismo - UFMT


O CINEMA DE ALFRED HITCHCOCK


O diretor cinematográfico Alfred Hitchcock é inglês e tem uma trajetória rica na história do cinema mundial porque começou a sua carreira ainda na fase do cinema mudo, na Europa. Nesse período, ainda nos anos de 1920, ele fez três filmes. Como não havia o som no cinema, os cineastas dessa época desenvolveram uma espetacular técnica de narrar as histórias puramente pelas imagens. Essa é a marca dos filmes de Hitchcock. Para ele cinema se faz com imagens e não com diálogos . “ O cinema mudo é a forma mais pura do cinema”, disse uma vez Hitchcock.
O fascínio pelas imagens está presente em todos os filmes do diretor. Para ele as ações e os olhares devem contar uma história visual. “ Para mim, o pecado capital de um roteirista é quando se discute uma dificuldade, escamotear um problema dizendo: justificaremos isso através do diálogo”, afirma.
Hitchcock só teve o reconhecimento da crítica hollywoodiana pelo seu trabalho, após a publicação do livro de entrevistas feitas com ele por outro mestre do cinema, o diretor francês François Truffaut. Antes disso, os críticos o ridicularizavam. Diziam que seus filmes não tinham substância. Que eram apenas filmes comerciais. Mas Truffaut achava que Hitchcock devia estar ao lado dos grandes cineastas e conseguiu isso, usando a sua influência como um dos mais respeitados críticos da Cahiers Du Cinema, a mais importante publicação de cinema na França.
Nos filmes de Hitchcock há um duplo interesse pelo público: é preciso envolvê-lo na trama e ao mesmo tempo surpreendê-lo. Pela forma habilidosa como fazia esse duplo movimento em seus filmes, Hitchcock ficou conhecido como o mestre do suspense. Mas havia nele também um certo sadismo que gostava de dividir com o público. É este quem paga com calafrios por partilhar das perversões que animam as histórias contadas. Voyeurismo, fetichismo, necrofilia são temas recorrentes em seus filmes.
Ele confessou que gostava de sentir uma “sensação de comicidade” com a angústia do público. Hitchcock transformou seus aspectos físicos em algo que a mídia vendia como uma aparência sinistra – era gordinho e estava sempre de terno fumando charuto. Ele gostava de ver o público sofrer na pele de assassinos e vítimas inocentes. Seus filmes são surpreendentes armadilhas que capturam o público pela eficácia técnica, a sutilidade e o humor do mestre.
Em Janela Indiscreta (Rear Window, 1954) Hitchcock trabalha com dois dos principais atores que aturavam as neuroses do diretor. James Stewart e Grace Kelly. Ele faz o papel de um fotógrafo que está temporariamente preso a uma cadeira de rodas por ter quebrado a perna. Ela é a namorada rica que gosta de ler revistas de modas e se mete em uma enrascada para seduzir um apático namorado.
Da janela de seu apartamento o único passatempo do fotógrafo é espiar a vida alheia. Pelas janelas indiscretas do condomínio vizinho ele encontra a decadência familiar e uma vizinha apetitosa. Assim pelo visual, sem diálogos, conhecemos os outros personagens da trama hitchcockiana. O músico, a jovem dançarina, a mulher solitária, os recém casados e um casal em crise. O voyeur acaba vendo um crime e sendo identificado pelo assassino.
Hitchcock dizia que uma porta ou uma janela aberta desperta o desejo de espiar. No filme os enquadramentos colocam o espectador na posição do personagem aprisionado pela vida que se passa pela teleobjetiva da sua câmera usada para satisfazer o desejo do olhar. Posta a trama o público vai sofrer pelo pescoço da princesa e temer pela vida do indiscreto fotógrafo. Como a personagem de James Stewart, nós, espectadores, pagamos pelo nosso voyeurismo cinematográfico.

Moacir Francisco

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Narradores de Javé




Sobre o filme Narradores de Javé


Debatedores:



  • Profa. Dra. Jane Teresinha Domingues Cotrin (docente do Instituto de Educação, Departamento de Psicologia)

  • Profa. Dra. Célia Maria Domingues da Rocha Reis (docente do Instituto de Linguagens, Departamento de Letras, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem (MeEL)


O filme Narradores de Javé (100m) foi lançado em 2003 no Brasil, sob a direção de Eliane Café, roteiro de Luiz Alberto de Abreu e Eliane Caffé, e produzido pelo estúdio Bananeira Filmes em parceria com a Gullane Filmes e Laterit Productions. Tem entre seus atores José Dumont, Gero Camilo, Nelson Dantas, Nelson Xavier e Luci Pereira. Foi rodado numa pequena cidade do interior da Bahia chamada Gameleiras da Lapa, entre junho e setembro de 2001. Recebeu prêmios como o Grande Prêmio Cinema Brasil, nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (Gero Camilo) e Melhor Roteiro Original; prêmio da Crítica no Festival Internacional de Friburgo, realizado na Suíça; Prêmio Gilberto Freyre no Cine PE - Festival do Audiovisual 2003; ganhou sete Troféus Calunga nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Edição, Melhor Ator (José Dumont), Melhor Ator Coadjuvante (Gero Camilo), Melhor Edição de Som e Melhor Atriz Coadjuvante (Luci Pereira), além de nove indicações para premiação.


O filme conta o drama do povoado do Vale de Javé, situado no sertão baiano, que está prestes a ser inundado para a construção de uma usina hidrelétrica. Para que isso não aconteça, a comunidade tem que provar, cientificamente, que a cidade tem importantes acontecimentos. Os moradores decidem, então, elaborar um documento oficial que contenha os grandes acontecimentos de sua história, o que justificaria sua preservação. Porém, a única pessoa que poderia fazer isso, conforme concluiram os moradores, em razão de saber ler, escrever e contar histórias era o carteiro, Antônio Biá (José Dumont). Ele não era bem visto na cidade por ter inventado situações, costumes etc de seus moradores, em cartas que escrevia e enviava para manter o correio em atividade. Assim, o ex-carteiro, para se redimir perante a população, é convocado a escrever as histórias que serão narradas pelos próprios moradores de Javé.


Trata-se de um filme simples e contemporâneo em sua produção, que reflete com bom humor o próprio processo de criação artística: inspiração, registro, tempo/espaço, ponto de vista, metáfora-realidade-imaginário, entre outros elementos, todos permeados com um lirismo simples e fecundo. Nesse contexto, ressalta-se a questão da memória oral, substância da vida cotidiana: hábitos, crenças, moralidade. No filme, é a cultura contada pelos personagens para compor uma história que seja convincente o suficiente para que possa ser mantida. E até onde é possível ter que contar histórias para garantir a existência de uma comunidade? A partir daqui colocam-se questões fronteiriças como poder político-econômico, subcondições de vida, desinformação, realidade e arte.

Próxima Sessão: Narradores de Javé



Apresentaremos no dia 31/05, não percam!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Programação do primeiro semestre de 2011!!!!

Aproveitem!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pinóquio!






Dia 26 de abril as 18h30 no Centro Cultural, Pinóquio, com a debatedora Paola!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Núcleo de Psicanálise e Cinema 2011


Obrigado a todas as pessoas que acompanharam o Núcelo de Psicanálise e Cinema no ano de 2010. Em breve iremos atualizar o blog e as redes sociais com informações e a Programação 2011/1.
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